1. O Escapulário deve ser bento por um sacerdote.
2. Trazê-lo dia e noite; estragado, trocá-lo por outro novo.
3. Rezar todos os dias a Oração à Nossa Senhora do Carmo.
4. Dizer sim a Deus, como Maria. Levar vida de oração e
participação na Igreja.
5. Frequentar os sacramentos, dedicar diariamente um tempo
para a oração e a leitura da Bíblia.
6. Dizer sim aos irmãos, como Maria. Estar atento às
necessidades do próximo, pronto para socorrê-lo na caridade e na fraternidade.
O que fazer com o escapulário velho e estragado?
Ao trocar o seu escapulário por um novo, faça com o velho e
estragado
o mesmo que você faria com imagens bentas quebradas. Mas o
que fazer com as imagens bentas e quebradas?
Há pessoas muito respeitosas e outras inseguras na doutrina
que não sabem como se desfazer de imagens bentas, estragadas, deterioradas.
Será verdade que jogá-las no lixo pode fazer algum mal? Isto é superstição.
Também é superstição o costume de livrar-se delas colocando-as junto a
cruzeiros, cemitérios ou mesmo oratórios de estrada.
Objetos abençoados não têm em si algo de divino. Não valem
por si, mas pelo que significam. Como símbolos religiosos merecem respeito e
veneração. Símbolos são um recurso da comunicação humana em todas as culturas.
A dimensão simbólica é uma propriedade entre o racional e o biológico ou a pura
sensibilidade. Usamos esta linguagem no dia a dia e não só as palavras e
gestos. Ora, todas as religiões se expressam através de objetos simbólicos,
mesmo aquelas contrárias ao uso das imagens.
O culto cristão das imagens enquanto bíblico entra no
universo simbólico religioso. Vem do mistério da pessoa humana. O livro do
Gênesis é enfático ao afirmar que Deus fez homem e mulher à sua imagem e
semelhança (Gn 1,26-27). Os dois não são iguais a Deus, mas têm algo de divino
e de certa forma o retratam. São Paulo diz que Jesus é a "imagem do Deus
invisível, é o primogênito de toda criatura" (Cl 1,15). Os cristãos
refletem como num espelho a glória do Senhor e vão se transformando na sua
imagem (2Cor 3,18).
Deus não pode ser objetivado, mas é a sua imagem que amamos
nos outros. Ela nunca pode ser quebrada, deteriorada e jogada fora. Em nós e
nos outros. Nenhuma sociedade, cultura ou legislação pode desprezar a pessoa
humana, ofender a sua dignidade por meio de injustiças e corrupção moral.
No culto cristão a veneração a Maria e aos santos nos leva
ao mistério pascal de Cristo. É a força redentora de sua graça que age nos
santos. "A iconografia cristã transcreve pela imagem a mensagem evangélica
que a Sagrada Escritura transmite pela Palavra. Imagem e Palavra iluminam-se
mutuamente (CIC n.60). Mas, é culto idolátrico acreditar mais na imagem que
imitar o santo ou santa. Da mesma forma atribuir bênção, poder espiritual ou
valor religioso ao símbolo avariado desvirtua a veneração e não glorifica a
Deus.
Imagens abençoadas são dignas de estima e conservação zelosa
porque inspiram a fé e a confiança na Graça de Deus dada a nós por Jesus. Uma
vez quebradas, estragadas, danificadas são indignas de honra e veneração. Não
representam mais nem simbolizam nenhuma intermediação com o sagrado. Acabar de
quebrá-las (ou destruir objetos sacros estragados) é a maneira respeitosa de se
desfazer delas e deles. O próprio respeito ao uso espiritual, à sua linguagem
simbólica, pede destruição total, se possível enterrando, queimando ou
colocando no lixo em pedaços bem pequenos.
Portanto, imagens bentas, escapulários ou quaisquer outros
objetos abençoados não precisam ser deixados em cemitérios, cruzeiros ou oratórios,
quando quebrarem ou ficarem danificados. Venerar os santos não pode sequer
parecer mais importante que a salvação em Cristo.
Pe. Antônio Clayton Sant'Anna, C.SS.R.
(in: Revista de Aparecida, junho/2010, p.10)
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